segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Neo-Realismo Italiano

Nos anos 50, a Itália saía derrotada da Segunda Guerra Mundial, e vivia uma época de intensa pobreza e desemprego, logo, é natural que vários de seus cineastas se interessassem em retratar a situação vivenciada. O cinema passou a caminhar junto com a psicologia, e a ser um modo de colocar em questão a condição humana em meio àquela sociedade em crise. Os diretores resolveram se posicionar criticamente perante a realidade, principalmente quanto aos seus problemas sociais. Surgia o Neo-Realismo Italiano, um importantíssimo movimento do cinema, que ia contra os padrões tradicionais até então, importados dos Estados Unidos. A fotografia mudara, a temática e, principalmente, a relação com o público. Agora eram usados atores não-profissionais e muitas tomadas eram feitas ao ar livre, já que outra característica importante é a que as produções tinham baixo orçamento.

A exemplo, o filme “Ladrões de Bicicletas”, de Vittorio De Sica, que aborda o drama do desemprego. Conta a triste história de um homem que dependia estritamente de sua bicicleta para sobreviver. Um dia ela é roubada e ele começa uma maratona para consegui-la de volta. Todos os acontecimentos nos encaminham para um final sensível e sugestivo, que abre à discussão e à conscientização dos problemas sociais.

O Neo-Realismo Italiano, apesar de ter durado pouco tempo, foi importante o suficiente para influenciar a cinematografia do mundo inteiro, já que cinemas com as mesmas características começaram a surgir em outros países.

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